A Concelhia de Santa Cruz do Partido Socialista acusa o Governo Regional de continuar a desprezar aquele município, atendendo ao baixo investimento previsto para o próximo ano, conforme comprova o Plano e Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Região Autónoma da Madeira (PIDDAR) para 2023, apresentado ontem.
António Alves, presidente da estrutura concelhia socialista, dá conta do facto de Santa Cruz ser o segundo maior concelho da Região e estar em quarto lugar na distribuição do investimento realizado pelo Governo Regional. Conforme constata, dos 775,1 milhões de euros do PIDDAR, Santa Cruz irá contar com 13,1 milhões de euros, o correspondente a apenas 1,7% do Plano. “Infelizmente, e conforme temos vindo a referir, o Governo Regional continua a desprezar os concelhos que não são da sua cor política, neste caso Santa Cruz, lesando mais uma vez os santa-cruzenses”, lamenta o responsável.
No entender do PS, a ausência de investimentos estruturais em Santa Cruz é o reflexo do desconhecimento das necessidades do concelho por parte do Governo Regional, mas também espelha a atitude da concelhia do PSD, que “há muito se demitiu de defender os interesses dos santa-cruzenses”.
O PIDDAR para 2023 prevê para aquele município a reabilitação das Estruturas de Suporte da Plataforma Rodoviária da ER 101-Santa Cruz, o piso sintético num polidesportivo nas imediações da EB de Santa Cruz (OPRAM 656,), o ‘Comunicativamente’ – projeto Terapia da Fala Centro de Saúde Santa Cruz (OPRAM570), a reparação e requalificação do Cais de Santa Cruz, a reabilitação do Cais da Boaventura, a construção da nova esquadra da PSP e a reabilitação do edifício da Ribeira da Boaventura, propriedade da Sociedade Metropolitana de Desenvolvimento.
Perante estas perspetivas, António Alves vinca que este é um orçamento que “reflete o desprezo que o Governo Regional tem por Santa Cruz” e alerta que a população não se pode esquecer disso nas eleições regionais do próximo ano. “O ‘modus operandi’ continua sempre o mesmo: prometer, prometer até à exaustão, conforme tem vindo a público nos últimos dias, com promessas de campos sintéticos a entidades desportivas e promessas de rotundas e de estradas”, refere o presidente da Concelhia do PS.
“Este orçamento é igual aos muitos orçamentos apresentados nos últimos anos, sem ambição, sem esperança, sem ideias. Reflete a saturação deste PSD em governar, pelo que está na altura de construirmos e lutarmos por uma Madeira Melhor”, sustenta António Alves, exigindo “igualdade na ação governativa” para Santa Cruz, porque “os santa-cruzenses merecem respeito”.