Sara Cerdas considera urgente uma estratégia para evitar o aumento de mortes prematuras e doenças na Europa, em especial o cancro, provocadas pela poluição atmosférica. “A boa notícia é que estes riscos são evitáveis – a má notícia é que precisamos com urgência de ação e medidas concretas para os inverter.”
A eurodeputada do PS reage ao recente relatório publicado pela Agência Europeia do Ambiente (AEA), no qual indica que a exposição à poluição provoca 10% de todos os casos de cancro na Europa.
“A maioria dos riscos de cancro pode ser reduzida através da prevenção – tal como os efeitos das alterações climáticas são sentidos no ambiente e nos diferentes setores, também a poluição do ar tem impacto na nossa saúde e na nossa sociedade. Estes são sinais da imperatividade de uma abordagem de Saúde em todas as políticas”, aponta Sara Cerdas que considera que a Comissão Europeia deve assegurar esta abordagem na legislação climática em negociação.
“Enderecei várias questões à Comissão Europeia que visam chamar a atenção para esta situação e para compreender como na prática pretende melhorar os níveis de poluição do ar, a fim de aproximar-se às orientações para a qualidade do ar apresentadas pela Organização Mundial de Saúde no ano passado. Também a revisão da Diretiva da Qualidade do Ar será em breve discutida no Parlamento, pelo que espero maior ação política e medidas vinculativas aos Estados-membros para que cumpram a legislação”, confessa Sara Cerdas, também médica em saúde pública.
A Agência Europeia do Ambiente apresentou um relatório no final de junho de 2022 – “Beating cancer – the role of Europe’s environment” – que conclui que a exposição a riscos ambientais, como poluição do ar, contribui significativamente para o risco de cancro. São quase 3 milhões de novos doentes e 1,3 milhões de mortes por ano em toda a União Europeia. Esta foi a primeira vez que a AEA investigou as ligações entre o cancro e o ambiente.