O presidente do PS Madeira defendeu hoje a necessidade de serem criados incentivos para a renovação da frota pesqueira, em particular do peixe-espada, bem como de serem atribuídos apoios às empresas da Região, tendo em conta que o Governo Regional resolveu não alocar qualquer verba do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para as mesmas.
Sérgio Gonçalves falava esta manhã, durante uma visita do Grupo Parlamentar do PS ao Grupo ‘Vidinha’, uma empresa de referência na Região no setor do pescado, iniciativa inserida no âmbito do roteiro ‘Compromissos e Soluções’.
O líder socialista constatou que o setor das pescas enfrenta graves problemas, a começar pela definição das quotas, onde “a Madeira não tem tido por parte do Governo Regional um bom trabalho na defesa dos interesses dos pescadores e dos armadores”, mas também no que concerne à renovação da frota pesqueira.
Um exemplo apontado por Sérgio Gonçalves é a frota do peixe-espada, que não tem incentivos para a sua renovação. Conforme referiu, trata-se de uma questão premente, que não foi contemplada nos fundos do quadro comunitário anterior “por inércia do Governo Regional” e que ficou igualmente de fora no PRR. “A Madeira recebeu quase 600 milhões de euros e nos projetos regionais não existiram apoios às empresas da Região, e muito menos às empresas do setor do mar, por oposição àquilo que acontece nos Açores, onde houve um projeto específico para o desenvolvimento do cluster do mar de 32 milhões de euros”, referiu o presidente do PS Madeira.
Face a esta situação, Sérgio Gonçalves defende que no próximo quadro comunitário os incentivos para a renovação da frota pesqueira do peixe-espada devem ser uma realidade. “É um segmento extremamente importante. Muitas famílias dependem desse setor e empresas como esta que hoje visitamos, que usam esse produto, que o transformam e vendem no mercado de exportação, precisam da resolução deste problema de base e de uma solução para que possam continuar a crescer e a desenvolver-se no futuro”, sublinhou.
O líder socialista aproveitou também para destacar o trabalho da empresa ‘Vidinha’, que considerou um exemplo de como se pode desenvolver o tecido empresarial da Região e simultaneamente operar para mercados externos. De referir que 70% do volume de negócios da empresa é dirigido ao mercado da exportação.