O PS Madeira insiste na necessidade de o Governo Regional baixar impostos na Região, de modo a aliviar os orçamentos das empresas e das famílias, face ao constante aumento dos preços.
Esta manhã, no âmbito do roteiro ‘Compromissos e Soluções’, o Grupo Parlamentar do PS visitou a empresa ‘MCI – Maurílio Caires Informática’, iniciativa que teve em vista identificar os principais constrangimentos e dificuldades sentidos pelo ramo da informática e da tecnologia. Um momento aproveitado por Sérgio Gonçalves para lamentar a ausência de medidas por parte do Governo Regional para mitigar o problema da subida de preços, que se está a refletir ao nível dos consumíveis e dos materiais importados.
“O Governo Regional deve utilizar a possibilidade que tem de reduzir os impostos em relação ao continente em 30%, mas não o faz no IVA nem em sete dos nove escalões de IRS”, afirmou o líder dos socialistas, explicando que esta solução contribuiria para o desenvolvimento do tecido empresarial local e permitiria também aos trabalhadores das empresas terem mais rendimento disponível.
Sérgio Gonçalves sublinhou que a redução de impostos tem sido uma questão amplamente defendida pelo PS na Assembleia Legislativa da Madeira desde o início da legislatura. “O Governo Regional continua a dizer que reduz impostos, mas reduz impostos aos poucos, quando por exemplo a Região Autónoma dos Açores baixou os impostos na totalidade dos 30% em relação continente apenas num ano”, vincou.
Por outro lado, o presidente do PS criticou o facto de o Executivo aplicar a totalidade das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em investimento público. “O PRR tinha como objetivo tornar a nossa economia mais resiliente e estarmos, de alguma forma, mais protegidos em relação a futuras crises”, mas a opção “traduziu-se em alocar 100% dos 561 milhões de euros a projetos de investimento público definidos pelo Governo Regional”, constatou.
“No caso da informática e do setor tecnológico, não foi exceção e temos um projeto de 114 milhões todo alocado à transição digital da administração pública. Nós entendemos que deveria haver parte dessas verbas destinadas às empresas, para que estas também pudessem participar desta transformação digital com recursos do PRR e não apenas com recursos próprios”, disse ainda Sérgio Gonçalves, alertando que esta opção do Executivo não só irá atrasar o processo, como impedir algumas empresas da Região de poderem promover efetivamente a transição digital.