O Presidente do Partido Socialista Madeira denunciou, hoje, as várias mentiras que têm vindo a ser veiculadas pelo Governo Regional à população, a última das quais sobre os números do desemprego, assegurando que irá manter o seu papel escrutinador.
Em conferência de imprensa realizada junto ao Instituto de Emprego da Madeira, Sérgio Gonçalves lembrou os dados divulgados pelo INE que mostram que a Região apresenta a mais alta taxa de desemprego do país, com 7,5%, quando, a nível nacional, a média desceu para 5,9%. Como afirmou, isto contraria as declarações do presidente do Governo Regional, que, no debate mensal decorrido na passada semana, referiu que os números relativos ao primeiro trimestre iriam evidenciar uma descida da taxa de desemprego.
Apontando o facto de a Madeira ter a mais alta taxa de risco de pobreza e exclusão social e o mais baixo poder de compra, o presidente do PS-M advertiu que não é com programas ocupacionais, que muitas das vezes são utilizados apenas para suprir necessidades temporárias das instituições e das entidades que contratam alguns dos desempregados que temos na Região, que será possível criar oportunidades, emprego sustentável e bem remunerado.
Por outro lado, o líder dos socialistas madeirenses abordou a questão das linhas de crédito e dos milhões de euros que, supostamente, haviam sido atribuídos pelo Governo Regional e derramados na economia já em 2020. “Passados quase dois anos, vemos agora o senhor secretário regional da Economia dizer que pagou às empresas da Região apenas 15 milhões de euros dos 120 milhões que supostamente já tinha atribuído”, disse.
A tão anunciada retoma do turismo foi outro dos assuntos focados por Sérgio Gonçalves, dando conta que os números vieram a demonstrar, no fecho de 2021, que tivemos quebras superiores a 35% relativamente a 2019, quer em hóspedes quer em dormidas.
O responsável lembrou ainda o relatório do Tribunal de Contas em relação às contas da Segurança Social, que indicia aquilo que o PS tem sempre denunciado, que é a “falta de transparência, de escrutínio e de rigor na atribuição de apoios sociais, muitos deles às casas do povo, que são verdadeiros braços armados do Governo Regional, com meros objetivos eleitoralistas e que não apoiam efetivamente quem mais precisa e não resolvem os problemas sociais que temos”.
De acordo com Sérgio Gonçalves, “é necessária uma mudança de políticas e uma mudança de Governo da Região Autónoma da Madeira”.