O deputado do Partido Socialista Madeira à Assembleia da República Miguel Iglésias questionou, hoje, o ministro da Economia acerca da reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mais concretamente quanto é que a revisão em alta deste instrumento financeiro poderá representar para a Região, para responder à necessidade imperiosa de o Executivo madeirense apoiar o tecido empresarial.
Na audição a António Costa Silva, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2022, o parlamentar eleito pelo círculo eleitoral da Madeira considerou que o PRR irá desempenhar um papel fundamental a curto e médio prazo para a Região. Lembrando o facto de, numa primeira fase, o Governo da República ter destinado 5% do valor nacional e considerando o conjunto das subvenções e o acesso aos programas nacionais, Miguel Iglésias instou o ministro com a pasta da Economia relativamente à reprogramação do PRR e o valor das verbas suplementares que a Região pode receber e que o Governo Regional poderá utilizar para a recapitalização do tecido empresarial regional, em articulação com o Banco de Fomento.
Na ocasião, o deputado do PS indagou também António Costa Silva sobre o Registo Internacional de Navios da Madeira, que “em 2021 teve o maior crescimento mundial de registos de embarcações no top20, ocupando a 14ª posição mundial, com mais de 800 embarcações”. Miguel Iglésias sublinhou que este é um instrumento fundamental para a política de Mar portuguesa e para a diversificação e qualificação da economia regional. “Precisamos que a nível nacional continuemos um trabalho de apoio e de dinamismo relativamente aos instrumentos económicos à nossa disposição e o Registo de Navios é certamente fundamental nessa estratégia”, afirmou, frisando a importância do MAR para a Região, já que o Governo Regional conseguiu um “milagre económico invertido” e transformou a Madeira na região mais pobre e com maior taxa de desemprego do País.
O parlamentar apontou ainda o facto de a Madeira ter sido a região do País com a maior queda percentual do PIB em 2020, ano da pandemia, apenas atrás do Algarve, algo que se deveu aos constrangimentos sentidos naquele que é um dos setores com maior peso na economia regional, o Turismo.
Estando a Região ainda num processo de recuperação económica, Miguel Iglésias não deixou de enaltecer o trabalho que o Turismo de Portugal tem desempenhado neste âmbito, especificamente com o financiamento da campanha de promoção que permitiu a criação da base aérea da Ryanair na Região. Algo que, como disse, “é fundamental para incrementarmos os fluxos turísticos dos nossos mercados tradicionais e outros em expansão, com o efeito positivo da redução dos preços das viagens de e para a Madeira, fruto de maior concorrência”.