A Câmara Municipal do Funchal, através da sua empresa municipal Frente MarFunchal gestora dos estacionamentos à superfície, procedeu à alteração do tarifário do estacionamento do Mercado da Penteada, desde o passado dia 1 de maio, sem aviso prévio e sem ouvir os comerciantes ou clientes deste espaço. Esta mudança provocou indignação e discordância junto dos comerciantes e das pessoas que habitualmente se deslocam ao Mercado da Penteada para fazer as suas compras, principalmente os mais idosos ou com pouca mobilidade.
Numa conjuntura económica muito difícil, após vários períodos de confinamentos devido a uma violenta pandemia e a vivermos uma guerra na Europa, com consequências negativas globais, aumentar o tarifário do parque de estacionamento do mercado, reduzir o período de gratuidade, não constitui uma medida positiva para os comerciantes e clientes do Mercado da Penteada. Relembramos que o Mercado da Penteada em 2013 estava ao completo abandono, degradado, e o parque de estacionamento não tinha qualquer rotatividade, inúmeros espaços comercias estavam encerrados por um longo período, e a iluminação era medíocre. Após a reabilitação de este espaço municipal, com a criação de um parque infantil, uma casa do lixo e outras importantes intervenções, surgiu uma nova centralidade e dinamismo neste espaço público municipal da cidade do Funchal.
Os comerciantes, que têm rendas e condomínio para pagar, ordenados e outras despesas inerentes ao seu normal funcionamento, garantem que não foram ouvidos ou questionados sobre a alteração do tarifário do parque de estacionamento, verificando-se, nos últimos dias, uma redução significativa no número de clientes e das respetivas vendas nos seus espaços.
A Câmara Municipal do Funchal deveria criar mecanismos de apoio e incentivo aos comerciantes da cidade em vez de dificultar a sua atividade económica, afastando clientes e reduzindo a sua faturação. O Partido Socialista apela, por isso, ao bom senso da Câmara Municipal do Funchal, responsável pela gestão dos mercados municipais, no sentido de, perante a atual conjuntura económica, repor o antigo tarifário e o período da primeira hora gratuita, suspendendo de imediato os aumentos recentemente efetuados.