O grupo do Partido Socialista na Assembleia de Freguesia de São Gonçalo acusa o executivo liderado pela coligação ‘Funchal Sempre à Frente’ de deixar aquela freguesia para trás.
Em dia de aniversário da freguesia, Paulo Bruno Ferreira lamenta que a data não seja celebrada como vinha sendo desde que a coligação ‘Mudança’ assumiu a governação e critica a falta de diálogo e o défice democrático por parte do atual executivo.
“De março de 2014 a março de 2021, o aniversário da freguesia foi tratado com a dignidade que merece”, diz o ex-autarca, lembrando as cerimónias nas quais todas as forças políticas representadas na Assembleia de Freguesia tomavam a palavra, tendo em conta que “entendíamos e entendemos que a democracia é a força da representação”.
Paulo Bruno Ferreira critica o facto de este ano a data não ser assinalada, referindo que, “a exemplo do que se passa no mundo, há quem não queira dialogar e, pior, ao estilo dos velhos regedores do Estado Novo, não queira ouvir os representantes do povo, legitimados pelo voto”. “Enquanto uns alteram leis e invadem territórios para se perpetuarem no poder, outros acham que o sobrenome é suficiente e permite usar a democracia ao seu dispor para o que quiserem”, repara, criticando aqueles que são protegidos graças a fatores como o apelido, a amizade, a cunha e o poder económico e lamentando que “o betão, o alcatrão e os frangos congelados sejam mais importantes do que dar igualdade efetiva de oportunidades a toda a população”.
O socialista não aceita o facto de a coligação ‘Funchal Sempre à Frente’ limitar a liberdade de expressão da oposição e impedir a homenagem às personalidades da freguesia. “São Gonçalo merece mais e melhor. O ‘Funchal Sempre à Frente’ deixa São Gonçalo para trás”, vinca.