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“PSD transformou-se num partido de protesto” e tornou-se “inútil” para a defesa dos interesses da Madeira, afirma Carlos Pereira

O cabeça de lista do Partido Socialista-Madeira às eleições para a Assembleia da República afirmou, hoje, que o PSD se transformou num partido de protesto e, por essa razão, tornou-se “inútil” para assegurar a defesa dos interesses da Madeira.

Durante a apresentação dos compromissos da candidatura para a próxima legislatura, Carlos Pereira salientou que o PS-M é responsável por mudar a página na relação entre a Madeira e a República, evidenciando as conquistas que tem sido possível alcançar, e constatou que “os nossos adversários estão muito incomodados” com isso.

Por oposição, referiu que, por ausência de uma agenda para o futuro por parte do PSD e do CDS, “o PSD transformou-se num partido de protesto”. “Sai à rua, faz uma iniciativa e começa a protestar. Isto não é um partido com responsabilidade. Um partido com responsabilidade tem de ter uma agenda e uma estratégia, tem de olhar para o futuro e tem de pensar na Madeira”, disse, constatando que não é isso que os sociais-democratas têm feito.

Carlos Pereira foi mais longe e disse mesmo que “o PSD arrastou o CDS para a lama e estão juntos a prejudicar a Madeira”. Como frisou, “os partidos de protesto são absolutamente inúteis para aqueles que são os objetivos e os interesses da Madeira”.

O cabeça de lista do PS considerou ainda que a campanha do PSD está conotada com “muita desconfiança”, lembrando o facto de Miguel Albuquerque ter enviado uma carta a Rui Rio a poucos dias das eleições, algo que traduz uma falta de confiança no líder nacional do PSD. “Nós não precisamos de mandar uma carta destas a António Costa, porque ele conhece as Autonomias e as nossas convicções”, afirmou. Carlos Pereira deu também conta da desconfiança de Albuquerque em relação ao parceiro de coligação, lembrando que Rui Barreto “desapareceu do cartaz”. Disse ainda que o cabeça de lista do PSD não tem um projeto de liderança da sua candidatura.

Por outro lado, mesmo destacando as conquistas alcançadas para a Região ao longo dos últimos seis anos, Carlos Pereira garantiu que os deputados socialistas irão estar vigilantes. “Nós defendemos o PS, nós temos confiança em António Costa, nós gostamos da agenda do PS, mas não hesitaremos em defender a Madeira em qualquer circunstância. Nós estaremos sempre vigilantes quando o que estiver em causa forem os interesses da Madeira” garantiu.

Carlos Pereira apelou ainda à união e ao voto no PS para continuar a garantir a estabilidade e a previsibilidade no País.