A candidatura do PS Madeira à Assembleia da República reuniu-se hoje com a direção regional da UGT-Madeira, onde foram discutidas diversas matérias relativas a políticas de emprego, carreiras profissionais, formação e melhorias de rendimentos, tendo os candidatos do PS registado as posições do sindicato relativamente a questões concretas na Região, e que deverão merecer posições políticas em particular na Assembleia da República.
O aumento do salário mínimo nacional foi igualmente um dos principais temas da reunião. “Queremos afirmar perante todos os madeirenses e porto-santenses o compromisso do PS de aumentar o salário mínimo nacional até aos 900 euros na próxima legislatura. É uma bandeira do PS aumentar os rendimentos das famílias, melhorar a sua qualidade de vida e retirar centenas de milhares de pessoas de um estado de pobreza que não é de forma alguma aceitável”, declarou o candidato à Assembleia da República Miguel Iglésias.
Tendo como meta o aumento dos rendimentos dos portugueses, o programa eleitoral do PS tem como objetivo concreto de aumentar até 2026 o peso das remunerações no PIB em 3 pontos percentuais para atingir o valor médio da União Europeia – ou seja, aumentar o rendimento médio por trabalhador em 20% entre 2021 e 2026.O Governo do PS promoverá as negociações necessárias em sede de Concertação Social para um Acordo entre 2022/2026 de melhoria dos rendimentos, dos salários e da competitividade e onde conste a trajetória plurianual de atualização real do salário mínimo nacional, de forma faseada, previsível e sustentada, evoluindo em cada ano em função da dinâmica do emprego e do crescimento económico, com o objetivo de atingir os 900 euros em 2026.O PS considera que é necessário a criação de um quadro fiscal adequado para que as empresas assegurem, a par da criação de emprego líquido, políticas salariais consistentes em termos de valorização dos rendimentos, centrado na valorização dos salários médios.
Miguel Iglésias considera que a situação na Madeira é muito preocupante tendo em conta o último Inquérito às Condições de Vida e Rendimento de 2021 realizado pelo INE, que voltou a colocar a Madeira nas notícias pelas piores razões.“A Madeira foi em 2021 a Região do País com a maior taxa de risco de pobreza e exclusão social, com a maior taxa de privação material e social severa, e com a maior taxa de risco de pobreza após transferências sociais. É incompreensível estes dados não provocarem a mínima reação do Governo Regional, num assunto que deveria ser estruturante para toda a ação governativa. Um terço dos madeirenses vivem em situação de pobreza ou exclusão social. É dramático! E tão ou mais chocante é a taxa de risco de pobreza da população empregada, e já após transferências sociais, de 17,8%. Ou seja, mesmo a trabalhar, mesmo com um emprego e com transferências sociais, temos 17,8% da nossa população a passar extremas dificuldades de pobreza”.
Para o candidato, aumentar o salário mínimo é uma política fundamental para alterar esta situação: “Nos últimos seis anos, o governo do PS aumentou o salário mínimo em 200 euros, uma subida histórica de 39,6%, fixado este ano nos 705 euros. Temos como objetivo aumentar para 900 euros até 2026. A escolha da população nas próximas eleições é muito clara: no PS que quer aumentar os rendimentos das famílias, ou nos partidos que se querem juntar à extrema direita para cortar nos salários e pensões”.