InícioAtualidadePS contesta a opção de “meio-presidente” em São Martinho

PS contesta a opção de “meio-presidente” em São Martinho

O Grupo Partido Socialista de São Martinho discorda da opção do atual presidente da Junta de São Martinho de estar ausente em metade do tempo a que tem direito pela legislação em vigor, contrariando o que tem sido hábito em anos anteriores. Uma situação que prejudica os munícipes num claro volte-face perante as promessas de campanha do PSD/CDS.

A opção foi dada a conhecer esta semana à Assembleia de Freguesia pelo novo Executivo e que mereceu desde logo o reparo deste grupo. Segundo os elementos do Grupo PS esta opção defrauda os anseios da população, nomeadamente dos que votaram neste candidato, julgando que estavam a escolher alguém que teria tempo para se dedicar à freguesia em detrimento da sua vida pessoal mas, após ganhar as eleições, ficou demonstrado que não tem disponibilidade para ocupar um cargo público a tempo-inteiro.

Para Cátia Pestana, vogal do G-PS de São Martinho, “o novo responsável pelo executivo de São Martinho contraria o que tem sido hábito em anos anteriores, nomeadamente nos dois mandatos de Duarte Caldeira Ferreira, em que a opção foi a de se dedicar a tempo-inteiro à função de Presidente da Junta como é normal perante os desafios de uma freguesia com mais de 27 mil habitantes.” A deputada na Assembleia de Freguesia recorda que São Martinho, segundo os mais recentes Censos, é a freguesia que mais cresceu em toda a região e merece outro respeito por quem a governa. A atual população é um número quase 3 vezes mais que o mínimo (10 mil) para uma freguesia poder beneficiar do direito a um presidente por inteiro, sempre junto daqueles que representa, pronto a responder aos anseios e a resolver atempadamente todas as questões inerentes às funções, e não um “meio-presidente”, como optou a Coligação Funchal Sempre à Frente.

O Grupo PS de São Martinho lembra que as freguesias portuguesas têm travado uma longa luta pelo reconhecimento da importância do Poder Local. Refere ainda que o direito de ter um Presidente a tempo-inteiro nas freguesias tem sido uma das maiores batalhas que o país tem enfrentado ao longo dos últimos anos. Uma situação comprovada pelas muitas conquistas em diversos palcos, nomeadamente no seio da ANAFRE – Associação Nacional de Freguesias.

Como tal, o PS só encontra justificação na falta de conhecimento, impreparação e desmotivação de Marco Gonçalves relativamente à realidade e ao desafio que o mesmo enfrenta.