A deputada Mafalda Gonçalves afirmou que, no concelho de Santa Cruz, “o setor primário definha e que o que poderiam constituir oportunidades em tempo de crise surgem como mais problemas, com consequências para todos”. A parlamentar defendeu ser fundamental a adoção de medidas de incentivo à agricultura de proximidade, à produção e consumo local, não só como forma de criação de emprego, mas sobretudo de ocupação sustentada do território, com o objetivo de diminuir os riscos de um território rural abandonado. Apontou também a necessidade de haver uma boa gestão da água.
Por outro lado, Mafalda Gonçalves disse que falta uma estratégia de valorização das nossas raízes e das nossas tradições, dando conta que, na Camacha, a obra de vimes está em vias de extinção. “Este produto diferenciador, único no mundo e gerador de valor acrescentado foi totalmente abandonado pelo PPD”, denunciou. “Como foi possível deixar-se chegar a este estado de coisas? Não há incentivos à produção de obra de vimes, à plantação de vimeiros e ao cultivo de vimes nas ribeiras que, além de salvaguardar a paisagem típica, também zela pela segurança das pessoas”, afirmou.
A deputada defendeu ainda uma aposta na cultura e no desporto inclusivo para Santa Cruz, colocando as pessoas no centro das decisões e das prioridades. “Queremos um concelho com memória e que honra a sua história, um concelho gerador de atratividade para as empresas e para o turismo, um concelho com dinamismo e de olhos postos no futuro, que promova e implemente políticas de incentivo à fixação dos jovens para que estes possam viver na terra que os viu nascer e lá prosperar”, sustentou.