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PS-M propõe soluções para a recuperação das aprendizagens

Em conferência de imprensa realizada hoje por via eletrónica, o líder dos socialistas madeirenses reconheceu que era inevitável a suspensão das aulas presenciais e a implementação do ensino à distância, mas acrescentou que este não é o modelo que deve ser adotado. Nesse sentido, afirmou que este é o momento de fazer uma análise do que foi perdido em termos de conteúdos e currículos, bem como em termos de socialização, de modo a planear a devida recuperação da normalidade educativa que foi posta em causa.

“Temos de atuar tanto na recuperação das aprendizagens, dos conhecimentos e dos conteúdos, como também na recuperação emocional dos alunos, porque, com esta pandemia e estas interrupções, ampliaram-se de forma significativa as desigualdades” no que se refere aos alunos com necessidades educativas especiais e àqueles de agregados familiares socioeconómicos mais baixos, sustentou Paulo Cafôfo.

Considerando que há que “dar respostas imediatas e urgentes para a recuperação destas aprendizagens”, o presidente do PS-M frisou também que “esta é uma oportunidade para podermos mudar o nosso modelo de ensino”, pelo que apontou quatro soluções que vão ao encontro destes dois desideratos.

Em primeiro lugar, o responsável defendeu que deve haver uma aposta na autonomia das escolas e na flexibilização curricular. “Quem tem responsabilidades governativas tem de acreditar na autonomia das escolas e tem de confiar no trabalho dos professores”, disse, considerando que é preciso dar aos estabelecimentos de ensino mais recursos financeiros, mais equipamentos e mais créditos horários para desenvolverem projetos próprios, assim como é necessário contratar mais professores e psicólogos. Apontou também que é preciso transformar os currículos, simplificando-os e tornando as aprendizagens mais motivadoras, e que deve proceder-se ao desdobramento de turmas e disciplinas. Além disso, considerou essencial a existência das tutorias e de mediadores sociais nas escolas.

Um segundo eixo defendido por Paulo Cafôfo prende-se com a implementação de um programa de formação, para que os professores tenham apoio na aplicação de metodologias de trabalho mais inovadoras. Neste campo, além das escolas, é necessária uma articulação entre o Governo Regional, os centros de formação e a Universidade da Madeira.

A terceira solução preconizada pelo PS-M é, além das atividades curriculares, a realização de atividades extracurriculares, tais como visitas de estudo, atividades lúdicas, culturais e desportivas.

Por fim, os socialistas vincam a premência de um Plano de Saúde Mental Escolar, para fazer face às consequências que a pandemia está a provocar na comunidade educativa, quer ao nível das dificuldades de aprendizagem, quer até no que concerne a problemas relacionados com os contextos familiar e social. Neste âmbito, Paulo Cafôfo propõe uma estratégia até quatro anos, de modo a acompanhar a evolução de cada aluno relativamente a esta conjuntura.