A conclusão das obras de requalificação do cais da Ribeira Brava é, para o Grupo Parlamentar do Partido Socialista, uma tarefa prioritária face aos constrangimentos causados à população do concelho.
Em conferência de imprensa, a deputada Olga Fernandes chamou a atenção da autarquia para a morosidade da empreitada, questionando se o objetivo é prolongar os trabalhos até à véspera das eleições autárquicas, atrasando a inauguração para essa altura.
“O cais está interdito a pessoas e à atracagem de barcos e ninguém se digna a informar as pessoas para quando a sua conclusão”, afirmou a parlamentar.
A também candidata à presidência da Câmara da Ribeira Brava, apontou como soluções para o problema a autorização da passagem exterior para o cais, pelo atual executivo, e a permissão de acesso à infraestrutura pelo menos ao fim de semana, como acontece, por exemplo, no túnel do Jardim do Mar, encerrado durante a semana.
Na mesma intervenção, a socialista questionou ainda a autarquia acerca do facto de o cais da Ribeira Brava não estar interdito para as manobras relacionadas com as jaulas de aquacultura, o que considera ser um ato de discriminação para alguns negócios. “Se é inseguro, é inseguro para todos. Se há segurança para uns negócios, também há segurança para os outros”, sustentou.
Para a deputada, a obra de requalificação tem como objetivo corrigir erros de um projeto inicial “mal elaborado” e cuja retificação exige o gasto de mais dinheiro do erário público.
Olga Fernandes alertou ainda para a situação do cais do Calhau da Lapa, onde foram gastos vários milhares de euros e que agora “está em vias de desaparecer”.