Esta manhã, em conferência de imprensa realizada na Tabua, a deputada Olga Fernandes adiantou que há pessoas com muitas necessidades nas diferentes freguesias, dando conta que este apoio já não é atribuído desde o passado mês de dezembro.
Esta ajuda é entregue sob a forma de cabaz, composto essencialmente por produtos de primeira necessidade e produtos regionais, bem como pode passar igualmente pelo apoio ao pagamento da água, da luz e do gás. Contudo, referiu a parlamentar, que é também candidata à Câmara Municipal da Ribeira Brava, desde dezembro que o apoio não é distribuído e, mesmo nessa altura, “foram poucas as famílias necessitadas que o receberam”.
Olga Fernandes recordou que na tomada de posse dos órgãos sociais da Casa do Povo da Tabua, no dia 6 de março, questionou a secretária regional da Inclusão Social e Cidadania a este respeito, sendo que a governante adiantou que os cabazes seriam distribuídos em março e que as pessoas sinalizadas com fracos recursos económicos receberiam os retroativos relativos aos meses de janeiro e fevereiro. No entanto, constatou, estamos já a chegar a maio e “nada de cabazes”, sendo que “as pessoas precisam de comer todos os dias”,
A socialista afirmou que esta é uma situação que não se entende, até porque este apoio já foi aprovado em Orçamento Regional, em dezembro. Por isso, frisou ser “urgente a execução desta medida, de forma a mitigar as carências alimentares e ajudar as pessoas o quanto antes”.
Olga Fernandes questiona se o Executivo pretende distribuir os cabazes em vésperas das eleições e, até lá, como é que as pessoas de fracos recursos conseguem se governar e matar a fome. A deputada pergunta porque se demora tanto a operacionalizar uma medida que é tão precisa e que tem de ser dada no imediato. “Deixem as burocracias e ajudem as pessoas”, apelou.
A parlamentar classificou ainda esta situação de vergonhosa e criticou a inércia da Câmara da Ribeira Brava na reivindicação junto do Governo Regional, com vista à resolução dos problemas do concelho. “Pedimos que estes cabazes sejam distribuídos o quanto antes, para que as pessoas possam comer e seguir a sua vida de uma forma mais alegre, porque quem vive na pobreza vive triste”, rematou.