Victor Freitas assegurou hoje que o futuro Governo liderado pela Coligação Mudança vai desenvolver um programa para acabar com o grave problema das listas de espera para cirurgias na Região Autónoma da Madeira.
Esta foi uma das principais preocupações transmitidas pela população aos candidatos da Coligação Mudança, que esta manhã estiveram no concelho de Machico.
“Temos 17400 pessoas em lista de espera para cirurgias. Isto é inadmissível. Estamos ao nível do terceiro mundo”, criticou Victor Freitas.
“É necessário um programa vocacionado para resolver este problema. É nós vamos resolvê-lo”, garantiu o candidato a presidente do Governo Regional, explicando que tal desígnio é possível através da contratualização com outras entidades do setor da saúde. Esta é uma das “12 Medidas para os primeiros 100 dias de Governo” apresentada pela Coligação Mudança, que integra o Partido Socialista (PS), o Partido Trabalhista Português (PTP), o Pessoas-Animais-Natureza (PAN) e o Partido da Terra (MPT).
“Chegámos a esta situação porque, durante muitos anos, houve quem estivesse a tocar piano enquanto a Madeira se afundava em dívidas e em problemas. E hoje essas pessoas gostam de aparecer aos olhos da opinião pública como se nada tivessem a ver com os problemas. Não! São responsáveis!”, sublinhou Victor Freitas.
A solução para os problemas da Madeira, nomeadamente na área da saúde, passa, em primeiro lugar, pela renegociação da dívida com a banca e com o Estado. Só dessa forma, explicou o cabeça de lista da Coligação Mudança, é possível criar folga financeira. E reiterou que, ao contrário do que defende o candidato do PSD, essa folga não pode ser conseguida à custa do despedimento em massa de funcionários públicos.
“O nosso adversário apresentou uma proposta em que lhe fugiu a boca para a verdade. Veio depois um outro dirigente do partido emitir um comunicado a desmentir o que tinha sido dito. A verdade é que não escondem o que pensam. Têm um pensamento neoliberal pior que o de Passos Coelho”, afirmou Victor Freitas.
“Fomos governados de uma forma arrogante, que criou problemas e que os avolumou, e agora o que dizem é que tem de ser o povo a pagar”, concluiu.