InícioNotas de Imprensa18 mulheres assassinadas este ano em Portugal

18 mulheres assassinadas este ano em Portugal

Por outro lado, a presidente das MS-ID considerou os planos municipais «um grande instrumento para a igualdade», de aproximação das pessoas e organização dos territórios, de forma a torná-los amigos das pessoas. «É um instrumento para melhorar a vida de todos e todas nós, adultos em idade de trabalho ativo, mas que também têm necessidade de conciliar as suas vidas de trabalho com as suas vidas pessoais e familiares». Na sua ótica, as câmaras municipais têm um papel central, porque são a unidade de poder mais próxima das pessoas.

Já a presidente do Departamento Regional de Mulheres Socialistas afirmou que se a discriminação em função do género é cultural, «então cabe-nos a nós agir sobre a sociedade, de forma a criar mecanismos que possam reverter essa discriminação».

Segundo Mafalda Gonçalves, os planos municipais para a igualdade são instrumentos fundamentais para se iniciar o processo de mudança que é necessário. «É uma ferramenta potenciadora e criadora de igualdade na sociedade», afirmou, acrescentando que o poder autárquico, pela sua natureza de proximidade aos cidadãos, tem uma responsabilidade acrescida nesta mudança que se pretende fazer na sociedade. «É por isso que os planos devem ser usados em todos os municípios, devem congregar as forças vivas do concelho, num esforço conjunto com um objetivo comum, que é tentarmos erradicar, pelo menos na parte das políticas, todas as discriminações em função do género e promover a igualdade», frisou Mafalda Gonçalves.

O workshop teve como formadora Margarida Queirós, professora do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa, que explicou que os planos municipais para a igualdade «pretendem estruturar, ao nível local, ao nível da vida quotidiana, na maior proximidade com as pessoas, quadros de vida que tentem pelo menos eliminar ou esbater desigualdades». Esta responsável referiu que «se pensarmos sobre esta questão, provavelmente vamos encontrar situações de que nem nos lembrávamos», pelo que estes planos têm um papel importante. Margarida Queirós constatou, contudo, que a maior parte dos planos que conhece têm uma dimensão muito centrada no diagnóstico. Tal como explicou, para atuar é preciso conhecer, e isso é importante. No entanto, acrescentou que o que acontece é que «para além do diagnóstico, muito poucas ações e até mesmo a monitorização e avaliação dos planos não estão ainda bem oleadas e a funcionar».

Por seu lado, o presidente do PS-Madeira enalteceu esta iniciativa das Mulheres Socialistas, considerando que este é mais um contributo do PS, não apenas para os militantes e simpatizantes, mas também para a população em geral. «São contributos ainda mais importantes por se tratarem da criação de mecanismos para serem usados pelo poder autárquico em prol da igualdade», vincou Emanuel Câmara. No seu entender, este instrumento será uma mais-valia para o desempenho das diferentes gestões autárquicas e, mais uma vez, o PS está na vanguarda da implementação destes instrumentos, indo ao encontro da população.